quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

CRISE MUNDIAL OVERDRIVE

Texto do Neto, diretor de criação e sócio da Bullet, sobre a crise mundial.

"Vou fazer um slideshow para você. Está preparado? É comum, você já viu essas imagens antes. Quem sabe até já se acostumou com elas. Começa com aquelas crianças famintas da África. Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele. Aquelas com moscas nos olhos.Os slides se sucedem.Êxodos de populações inteiras. Gente faminta. Gente pobre. Gente sem futuro.Durante décadas, vimos essas imagens.No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto. Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados. São imagens de miséria que comovem. São imagens que criam plataformas de governo. Criam ONGs. Criam entidades. Criam movimentos sociais.A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza. Ano após ano, discutiu-se o que fazer. Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.Resolver, capicce? Extinguir.Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta. Não sei como calcularam este número. Mas digamos que esteja subestimado. Digamos que seja o dobro. Ou o triplo. Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse. Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia. Bancos e investidores.

Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar. Se quiser, repasse, se não, o que importa? O nosso almoço tá garantido mesmo...

FRASE OVERDRIVE

É indiscutível que a cretinice, a calhordice e a canalhice são concessões democráticas excessivamente ao alcance de todos.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O BRASIL É OVERDRIVE!!!

Ex-presidentes do Brasil custam R$ 3,3 milhões por ano





Há 23 anos foi eleito o primeiro presidente civil do Brasil após o período da ditadura. De lá para cá, o país teve quatro presidentes da República. Eles recebem atualmente R$ 3,3 milhões por ano. A conta individual paga pela União aos ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique pode chegar a R$ 828,9 mil a cada ano, se todos receberem os benefícios integrais. Isto porque cada ex-inquilino do Palácio do Planalto tem direito aos serviços de quatro servidores para atividades de segurança e apoio pessoal, a dois veículos de luxo com motoristas e ao assessoramento de mais dois servidores.Em fevereiro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que regulamentou uma lei assinada em 2002 pelo presidente Fernando Henrique que trata, entre outros temas, das benesses aos ex-presidenciais. Segundo a Casa Civil, a idéia do novo decreto era tornar mais claro o texto da Lei 10.609, de 2002, que alterou a Lei 7.474, de 1986. Com a regulamentação, um ex-presidente passou a custar aos cofres públicos pouco mais de R$ 63,4 mil por mês. Este valor inclui despesas com servidores (R$ 41,3 mil), contribuição ao INSS (R$ 10,7 mil) e vencimento de cada ex-presidente, no valor de R$ 11,4 mil.No último ano de seu mandato, o então presidente FHC aumentou de seis para oito o número de cargos disponíveis para os ex-presidentes. A ampliação foi confirmada no decreto assinado por Lula. Os dois novos cargos comissionados fazem parte do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores (DAS de nível 5), que recebem mensalmente cerca de R$ 9 mil. Completam o quadro dois funcionários DAS-1, com remuneração de R$ 2,1 mil, dois DAS-2, com vencimentos de R$ 2,7 mil e dois DAS-4 no valor de R$ 6,8 mil. De acordo com a Casa Civil, a Lei assinada pelo presidente Fernando Henrique alterou o artigo 2 do parágrafo 2º, possibilitando a contratação de dois novos servidores nível DAS-5 para assessoramento. Com isto, são dois motoristas, dois seguranças e quatro assessores. Desde 1986, são pelo menos quatro normas que tratam do assunto assinadas por Sarney, Itamar, FHC e Lula.Além dos oito servidores, cada ex-presidente tem direito a dois carros oficiais. Segundo estimativa do Contas Abertas (CA), o custo mínimo mensal com os dois veículos Ômega CD chega a R$ 5,6 mil por mês. Além do combustível, na estimativa foi considerada a depreciação do valor do carro no período de cinco anos. Com a adição dos valores gastos com os veículos, a quantia paga pela União a um ex-presidente chega a R$ 69,1 mil. Não foi informado se todos utilizam os dois carros.Segundo a Casa Civil, no primeiro semestre deste ano, os quatro presidentes pós-redemocratização mantiveram preenchidos os oitos cargos a que têm direito com base na prerrogativa constitucional. Caso não sejam nomeados todos os servidores, o cargo fica vago porque é destinado ao ex-presidente. Vale ressaltar que o benefício vale apenas para os ex-presidentes. No caso de falecimento, o beneficio é interrompido e não passam para os familiares.O benefício de R$ 3,3 milhões pago aos ex-presidentes equivale a 18.217 pagamentos do Bolsa Família, principal programa de transferência de renda do governo Lula. Esta quantia seria o suficiente para bancar 1.518 famílias atendidas pelo Bolsa Família ao longo de doze meses. A comparação leva em conta o valor máximo distribuído hoje pelo governo federal a famílias com renda mensal por pessoa a R$ 120 que mantêm até três crianças e dois adolescentes na escola. Nesse caso, os beneficiários podem sacar o máximo de R$ 182 ao mês. O benefício básico, porém, é de R$ 62. Com o valor que custeia os quatro ex-presidentes seria possível distribuir a bolsa a 4.456 famílias que recebem a quantia mínima ao longo de um ano.A partir de 2011, ano em que termina o mandado do presidente Lula, a conta paga pela União aos ex-presidentes vai ser ampliada para quase R$ 4,2 milhões por ano. Para o cientista político Antônio Flávio Testa, os ex-presidentes seriam mais necessários ao país como senadores da República, com vencimentos mensais específicos da Casa Legislativa. “Eles poderiam dar uma contribuição maior ao país como senadores vitalícios com direito ao voto. Isso seria muito mais produtivo do que ficar simplesmente recebendo recursos da União”, argumenta. “Para que isso aconteça é preciso vontade política, do Congresso e do presidente da República para votar um projeto que trate do tema”, aponta.O cientista político observa que dos quatro ex-presidentes, dois deles estão no Senado, Sarney e Collor. Itamar Franco, por sua vez, foi governador. Já Fernando Henrique tornou-se consultor internacional. “Eles não precisam dessa quantia toda”, conclui Testa, ao ressaltar que os ex-presidentes têm muito que contribuir para o país e devem ser aproveitados sob esta condição.A título de comparação, um deputado custa por ano R$ 114 mil por mês e um senador R$ 139,7 mil. Por ano, a quantia que cada congressista recebe chega a R$ 1,4 milhão para deputados e R$ 1,7 milhão para os senadores.

Amanda Costa
Do Contas Abertas

sábado, 27 de setembro de 2008

PONTES

Musicagen é um documentário que gira em torno do genial Fernando Sardo. Com participações mais que especiais de André Abujamrra, Badi Assad, Bira Azevedo, Julio Medaglia, Thaíde entre outros, mostra não só uma visão diferente sobre a música (música de invenção), mas também um trabalho social e uma dedicação à uma causa do Fernando Sardo que é algo realmente diferente. Vale demais assistir. Abaixo texto retirado do Estadão e link para o trailler.

- Musicagen é, como dizem os diretores Edu Felistoque e Nereu Cerdeira, um neologismo. Palavra inventada, fusão de música com molecagem. Por que então termina com "n" e não com "m"? Por nada. Brincadeira. Provocação. Eles mesmos dizem isso no press release engraçadinho, que chega a propor uma crítica positiva e outra negativa ao filme para jornalistas com falta de tempo.

http://br.youtube.com/watch?v=xk70Vh_e7mE

Vejam e pirem!



PONTES

Algumas pontes nos levam a caminhos melhores!!!!!

http://br.youtube.com/watch?v=jLK96gCoG9M

Esse é o trailler de um curta metragem chamado Landau 66. É o primeiro do diretor Fernando Sanches, um cara com um talento incrível para trabalhar com vídeos, além de ser uma pessoa daquelas que devemos conhecer durante nossa existência na Terra.

















Mais alguns trabalhos de Fernando Sanches para conhecerem. Divirtam-se!!

http://br.youtube.com/watch?v=i86zDDBrQGQ - Clipe Nação Zumbi - Hoje Amanhã e Depois


http://br.youtube.com/watch?v=lBpHPLHYV_Q - Clipe Monbojó - O Mais Vendido


http://br.youtube.com/watch?v=XhA14469UGw - Clipe Maquinado - Sem Conserto


http://br.youtube.com/watch?v=kI0UEseBwlw - Evoke - Born to Evoke


Bão né?

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

OVERDRIVES

Pois é gente, faltam alguns dias para as próximas eleições onde votaremos para prefeito e vereadores. Abaixo texto retirado do Blog do Juca Kfouri (http://blogdojuca.blog.uol.com.br/) para ajudar na decisão sobre em quem votar,........... Abraços


Desculpas ao esporte e aos atletas brasileiros

Por RONALDO PACHECO DE OLIVEIRA FILHO*

Desculpem pela falta de espaços esportivos nas escolas;Pela falta de professores de educação física nas séries iniciais;Pelas escolinhas mercantilizadas que buscam quantidade de clientes e não qualidade de aprendizagem;Desculpem pela falta de incentivo na base;Desculpem pela falta de praças esportivas;Desculpem pelo discurso de que "o esporte serve para tirar a criança da rua" (é muito pouco se for só isso!);Desculpem pela violência nas ruas que impede jovens de brincar livremente, tirando deles a oportunidade de vivenciar experiências motoras;Desculpem se muito cedo lhe tiraram o "esporte-brincadeira" e lhe impuseram o "esporte-profissão";Desculpem pelo investimento apenas na fase adulta quando já conseguiram provar que valia a pena;Desculpem pelas centenas de talentos desperdiçados por não terem condições mínimas de pagar um transporte para ir ao treino, de se alimentar adequadamente, ou de pagar um "exame de faixa";Desculpem por não permitirmos que estudem para poder se dedicar integralmente aos treinos.Desculpem pelo sacrifício imposto aos seus pais que dedicaram seus poucos recursos para investir em algo que deveria ser oferecido gratuitamente;Desculpem levá-los a acreditar que o esporte é uma das poucas maneiras de ascensão social para a classe menos favorecida no nosso país;Desculpem pela incompetência dos nossos dirigentes esportivos;Desculpem pelos dirigentes que se eternizam no poder sem apresentar novas propostas;
Desculpem pelos dirigentes que desviam verbas em benefício próprio;Desculpem pela falta de uma política nacional voltada para o esporte;Desculpem por só nos preocuparmos com leis voltadas para o futebol (Lei Zico, Lei Pelé, etc.);Desculpem se a única lei que conhecem ligada ao esporte é a "Lei do Gérson" (coitado do Gérson);Desculpem pelos secretários de esporte de "ocasião", cujas escolhas visam atender apenas, promessas de ocupação de espaços político-partidários (e com pouca verba no orçamento);Desculpem pelos políticos que os recebem antes ou após grandes feitos (apenas os vencedores) para usá-los como instrumento de marketing político;Desculpem por pensar em organizar "Olimpíadas" se ainda não conseguimos organizar nossos ministérios; nossas secretarias, nossas federações, nossa legislação esportiva;Desculpem por forçá-los, contra a vontade, a se "exilarem" no exterior caso pretendam se aprimorar no esporte;Desculpem pela cobrança indevida de parte da imprensa que pouco conhece e opina pelo senso comum.Desculpem o povo brasileiro carente de ídolos e líderes por depositar em vocês toda a sua esperança;Desculpem pela nossa paixão pelo esporte, que como toda paixão, nem sempre é baseada na razão;Desculpem por levá-los do céu ao inferno em cada competição, pela expectativa criada;Desculpem pelo rápido esquecimento quando partimos em busca de novos ídolos;Desculpem pelas lágrimas na derrota, ou na vitória, pois é a forma que temos para extravasar o inexplicável orgulho de ser brasileiro e de, apesar de tudo, acreditar que um dia ainda estaremos entre os grandes.

*Ronaldo Pacheco de Oliveira Filho é professor da Secretaria de Educação do DF (cedido à UnB) e da Universidade Católica de Brasília.